terça-feira, 29 de maio de 2012

Não Fuja da Raia

Semana passada uma amiga minha me contou uma experiência, ela chegou no seu trabalho carregando um sorriso no rosto (apesar dos problemas) e um colega lhe disse ríspido:
- Você está usando todo esse material? Deveria organizar melhor isso aí. Já parou pra pensar que você não é dona desse prédio?
A surpresa foi tamanha que ela mal conseguiu se mexer.
Ela me contou essa história entre lágrimas, e continuou o desabafo:
- Keith eu não sou folgada, nossa eu é que me sinto sem espaço lá! O pior é que depois de ter feito isso ele tentou puxar papo, tentando ser agradável como se nada tivesse acontecido, você acredita? Só que não estava tudo bem e eu só conseguia responde-lo de maneira monossilábica e grosseira.
Hum... que interessante! Claro, o sofrimento dela não é interessante, é triste e eu tentei aconselha-la como pude, mas não consegui deixar de reparar como é comum, mesmo conhecendo o clichê, nós não encararmos nossos problemas!
Pra mim fica claro que o "tentar ser agradável" do rapaz ao puxar assunto, nada mais é um pedido de desculpas, ou pelo menos um tentar fazer as pazes. Por outro lado, as respostas grosseiras que ele obteve era na verdade minha amiga tentando dizer: "Meu, eu não gostei nenhum pouco da forma como você falou comigo".
Agora, porque nós agimos assim eu não sei? Aliás como está raro as palavras mágicas: obrigada e me desculpe, em especial! O por favor até é batido, pois sem ele o favor não acontece, mas a educação que vem depois da ação...
Eu e minha sogra conhecemos o Hoo'ponopono, é uma filosofia que nos leva a direcionar, mentalmente, 4 frases à divindade, toda vez que nos inquietamos, as frases são: "Sou Grato", Eu Te Amo", "Sinto Muito" e Me Perdoe" (não necessariamente nessa ordem e pode-se repetir apenas uma ou mais, como sentir a vontade) as duas últimas frases instigaram meu namorado... "hum, bastante submissa essa filosofia, não?!" Eu tentei argumentar, não é submissão, é humildade. Não sei se convenci, não sei quem está certo (se existe certeza), só sei que pedir desculpas parece ser visto como um gesto de submissão e inferioridade pela maioria das pessoas...

terça-feira, 15 de maio de 2012

Limites do crescimento


Vejo muitas posições em relação ao meio ambiente, muitos acham que devemos explorar todos os recursos disponíveis, alguns acham isso mas fingem que não, outros se preocupam com o meio ambiente, sem saber muito o porque e de tão preocupados e conscientes deixam as garrafas PET num saquinho separado, outros nem pensam nem fazem, e de outro lado, há (embora eu não conheça ninguém) quem quer preservar o meio ambiente a qualquer custo e que todos os seres humanos se mudem para ocas.

Eu não vejo nada de errado em nenhuma posição, acho que todos os assuntos tem essas várias respostas. A minha posição é conservadora, chego perto do último grupo apontado. Por mim se derrubem os prédios e reconstruam-se as florestas! Mas, eu tenho alguma noção de que isso não é uma posição lá muito razoável. E confesso que gosto de navegar na internet.

Mas afinal, porque devemos nos preocupar? Por causa da camada de ozônio, ou do efeito estufa?

Para mim, devemos nos preocupar porque as paisagens naturais são fabulosas, ficar em contato com a natureza deixa minha alma leve, me faz sorrir e querer viver em paz, me preenche de amor! E é muito chato ver plástico no pico de uma montanha ou na cava de uma onda. Mas, para algumas pessoas (aproximadamente 6.7 bilhões) isso não faz o menor sentido, elas vivem em cidades e viajam para conhecer construções humanas, não acreditam em alma, e gostam mesmo e de ganhar e gastar dinheiro, comumente exigem uma vida muito confortável. E é essas pessoas que devem ser informadas da maneira mais adequada possível, pois são elas que mandam, tá que tomam as decisões.

Pois então, existe um estudo muito sério e conceituado (tem a sigla MIT por trás) chamado limites do crescimento, bem advinha só, o crescimento econômico é algo muito bacana é que todo mundo curte, porém, ele é baseado em recursos naturais, já ouviram falar em petróleo, ferro, alumínio? E esses recursos tem fim. Ademais, nossa vida depende seriamente de ar puro e água limpa, devo dizer que em TODO (e todos) processo de produção “inserimos” dejetos no ar que respiramos e água que bebemos, e fazemos isso sem maiores conseqüências porque o ambiente consegue se depurar, é aquele papo de evaporação e tals. Maaaaaas (sempre tem um mas) essa capacidade tem limite! Então, corremos sério risco de colapsar o planeta, de ultrapassarmos a capacidade de suporte da Terra. E como (e quando) será esse colapso? Depende da postura que adotarmos agora, pode ser brusco ou podemos atingir a sustentabilidade de forma consciente, como uma escolha, e não sermos constrangidos a mudar nossos costumes por falta de opção.

E então é por isso que devemos nos preocupar seriamente com a questão ambiental, se o planeta está esquentando ou esfriando, e de quem é a culpa, é algo importante de se discutir, mas acho que deve ficar entre os especialistas da área e a nós cabe pensar na sustentabilidade de nossas ações.