sábado, 21 de abril de 2012

Nossa missão

Eu meio que acredito nessa parada de ter uma missão para realizar na terra. Mas, isso sempre me deixou muito incomodada, pois eu não sabia qual era a minha. Eu imaginava que iria descobrir um dom, algo que eu realizasse maravilhosamente bem sem muito esforço... mas, isso nunca aconteceu, e o pior, me levou a desistir de muitas coisas. Por exemplo, na primeira aula de bateria (pintura, ballet, natação, equitação, piano, coral, educação física, taekwondo, capoeira etc) o professor não disse "Uau, você é muito boa nisso!", então, logo desisti.
Falando agora parece meio imbecil, mas na minha cabeça adolescente e sem muito auxilio fazia sentido, e era fácil. Mas, o tempo foi passando, as opções foram diminuindo, e nada em que eu me destacasse apareceu.
O que aconteceu foi que todo mundo tem que fazer faculdade, no Brasil é assim que funciona, vc deve primeiro fazer faculdade, para depois saber o que fazer com ela. E o pior, vc nem sabe que curso escolher.
Enfim, por algum motivo (algo entre amar praia e me sair melhor nas exatas) escolhi fazer oceanologia. Amei o curso, mas... me formei. Ainda não tinha muuuuito claro o que fazer da minha vida, tinha alguma ideia, mas como a oferta de emprego por aqui é rara e tenho alguma resistência em ir a Sampa ou Rio, me meti no mestrado. E bem, agora sim, eu me achei, quero ser ambientalista. Sei que ainda é algo abstrato. Mas, o que eu queria mesmo era escrever nesse post o que me levou a me descobrir, para poder dar a dica a um filho ou sobrinho...
Bom, acho que o primeiro passo é perceber o que mais nos incomoda. Qual é o problema com o mundo que mais nos preocupa. No meu caso foi o meio ambiente. Dentro dessa grande preocupação/tema, devemos achar onde nos encaixamos, levando em conta nossas vocações. Só assim nos sentiremos satisfeitos, e com a sensação de missão cumprida, ou em vias de, como é o meu caso. Podemos nos sentir parte da sociedade e trabalhar por ela de maneira genuinamente útil.

sábado, 14 de abril de 2012

obstáculos!

Eu costumava ter uma visão de que as coisas simplesmente acontecem, devemos deixar o destino agir quando se trata da nossa vida! Então, quando algo dava errado eu dava de ombros e pensava "não era para ser". Se eu não achava alguém quando procurava: não era para falarmos. E desistia, simples assim!
Mas aí, as coisas não aconteciam, eu não resolvia meus problemas, eu os abandonava e comecei a me questionar se na verdade isso não era destino e sim preguiça. Comentando isso com minha sogra ela me disse "quando as coisas dão errado aí é que eu tento mesmo, como se fosse um desafio". Fiquei pensando nisso...
Um amigo meu, prestou concurso para ser bombeiro, passou bem colocado, foi para prova prática, amou o lugar, as pessoas, sentiu que queria mesmo fazer aquilo, sentiu que lá era seu lugar. Entretanto, antes de sair o resultado um motorista o acertou, enquanto andava de bicicleta, ele teve a "sorte" de só ter alguns ossos quebrados (seu amigo morreu). Teve que ficar sem andar e perdeu a vaga. Algumas pessoas, da linha conformista de raciocínio, disseram, "bem, não era pra você ter passado, talvez não seja pra você ser bombeiro". Mas, acontece que ele sentiu, é isso que ele quer.
Agora, analisando essas histórias eu penso que talvez os obstáculos sejam uma maneira de provarmos nossos interesses, desistir no primeiro tombo, convenhamos, não é querer de fato. Não seria uma conquista, não haveria mérito.

domingo, 8 de abril de 2012

Referencial



Eu sempre digo que o que mais gosto em acampar é de como minha casa fica melhor, mais luxosa, toda vez que retorno!
Meu chuveiro funciona melhor, nem penso em reclamar do tamanho do banheiro, ele fica me parecendo perfeito. Mas, veja bem, eu não gastei um tostão com meu lar, eu nem sequer estive nele, o que eu mudei foi minha percepção.
Talvez com tudo na vida seja assim. O problema daquela pessoa, não é a pessoa em si, e sim o modo como a encaramos.
Talvez o mundo não seja tão ruim assim... mas, a visão diária das notícias e comentários do senso comum nos levem a ter uma visão de mundo e humanidade totalmente equivocada (ou seria melhor parcial?).
Não digo que o mundo não tenha problemas, ou que devemos nos manter alheios a eles.
Minha casa continua a mesma, com a mesma mancha na parede, o mesmo piso quebrado e banheiro pequeno, só que agora eu foco mais na maravilha de um chuveiro quente, uma cama confortável e uma cozinha todinha pra mim!