terça-feira, 26 de julho de 2011

Antidoping

Eu me esforço pra entender a sociedade em que vivo, analiso até que com muita boa vontade, mas sinceramente, é muito difícil e não faz sentido pra mim. Por favor me ajudem.
Como pode na mesma semana sair uma notícia dizendo que uma das melhores vozes da atualidade (Amy Winehouse) morreu aos 27 anos, muito provavelmente (nunca ninguém afirma isso categoricamente) pelo histórico e conhecido abuso de drogas. E na mesma semana outra notícia sobre o bom desempenho do nadador Cesar Cielo, após ter sido absolvido na suspeita de doping.
Pois bem, quer dizer que dos nossos atletas cuidamos bem, nos preocupamos com rigorosíssimos exames antidoping. Ou tá bom, o mundo não é tão colorido assim, não aceitamos que um atleta supere o outro com o uso de qualquer substância química. Queremos, fazemos absoluta questão de ver o atleta integro, de ver o ser humano se superando a cada geração. Conhecer ídolos, naturalmente, mais capazes que outros, pela genética, treino e principalmente disciplina! Ah, o mundo dos esportes.
Mas, logo ali, virando a esquina tem outro mundo. O mundo artístico, e nesse a visão é outra. Liberdade artística. Bem, aqui, não nos incomoda muito o que o cara fez pra ter Aquela idéia, ou compor Aquela música. Tudo bem, se ele deixou um caretão, sem grandes capacidades de abstração pra trás. Aliás aqui o caretão nem tem muita chance, quem bota fé em artista careta? E tudo bem, se ele usa de outros atributos, além da genética e esforço físico, pra ficar pilhado cantando horas. Também não nos incomodamos com o que aquela top faz pra se manter tão esbelta. O que importa é que queremos beleza, pra ver curvas eu me vejo no espelho. Num anuncio quero a mínima porcentagem de gordura necessária para se viver.
Não, eu não consigo entender, alguém que se diz fã sugar uma dependente de drogas, sem um pinguinho de preocupação, querendo mais músicas, mais fotos, mais fatos e depois levar flores na frente da casa dela. Sem se questionar seu papel, se lamenta por mais uma “fatalidade”.

Vaidade

Uma coisa é certa, o egoismo e a vaidade são grandes vilões que merecem ser combatidos, sim, numa guerra interna diariamente. Porém, algumas pessoas atrapalham, inflando nossos defeitos com elogios descabidos.
Pois que ontem, eu estava na cozinha da divisão pegando um café, quando me deparo com a minha chefe meio assustada olhando pra mim.
- O que é? O que foi?
- Ah... não, é que eu estava vendo... bem, o seu...
- O que?
- O seu cabelo, o que é que vc tentou fazer com o seu cabelo?
Bem, antes que me imaginem com o cabelo azul ou raspadinho, eu já adianto, ele está normal, como sempre esteve com meus cortes caseiros. Mas pra algumas pessoas, as bem observadoras e detalhistas, parece que há uma mexa central mais curta... Segundo ela.

E hoje...
- Keith, o que é isso? Vc tem irmã mais nova?
- Não, pq?
- Quem foi que pintou suas unhas?

hauhuahuahuah... bom, não é exatamente fácil ser uma pessoa um bocado descoordenada, mas é bem legal ser uma pessoa diferente e divertida.
Aliás, o cabelo do Coraçãozinho ficou lindo!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Não se ofenda

Tem muitas coisas que dependem de nós. E eu andei pensando muito nisso, ainda mais com essa história de se formar e fazer parte da comissão e tals. Eu percebo que as pessoas se chateiam muito umas com as outras, e de quem é a culpa?

Acredito no seguinte: nós somos os únicos, verdadeiramente, responsáveis pelo que sentimos. Até podemos tentar por a culpa em terceiros, mas isso nunca cola. Veja só, é impossível alguém te ofender sem que você se ofenda! Sim, podem falar ou fazer qualquer coisa, mas se não tivermos o egoismo para nos sentirmos ofendidos, não nos sentiremos. Ao contrário, podemos estar com o ego tão nas alturas que qualquer coisa que nos disserem interpretaremos como uma grave ofensa sem perdão...

domingo, 10 de julho de 2011

Macumba Caipira.

Engraçado como acontece tantas coisas no interior que nos perguntamos se caipiras são mentirosos ou loucos. Minha mãe me contou um caso, uma história que aconteceu com o pai dela e ela foi espectadora em primeira pessoa. Ela me disse mais ou menos o seguinte:

- Meu pai não acreditava em nada, dessas coisas de macumba. Então, um dia ele estava indo a feira e se deparou com um macumba, o cavalo freou e não queria passar mas de jeito nenhum. Meu pai ficou bravo, tentou de todo jeito fazer o cavalo passar e nada, ele desceu do cavalo, deu um pontapé e mandou macumba pra tudo quanto era lado. e passou com o cavalo.
Passado um tempo, começou a reclamar de dor na perna, não conseguia mais andar, mal apoiava no chão. Foi ao médico e teve que engessa-la. Poucos dias com o gesso e passou a alegar que coçava e doía demais. Minha mãe que não sabia bem o que fazer, resolveu por tirar o gesso, quando ela tirou... tinha um mooonte de bichinho comendo a perna dele!

E essa é apenas uma, entre as tantas histórias que tem essa família.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Soluções que se tornam problemas...

Ser humano é algo realmente muito curioso!
É muito comum vermos denuncia de pessoas que vendem bens públicos e levam vantagens, isso é algo terrivelmente triste. E o MPF não dá muita brecha, está sempre encima de qualquer transação que possa vir a gerar benefícios pessoais sobre bens públicos.
Pois bem. Nas minhas andanças pelos cais do porto, onde faço o estágio obrigatório, sempre reparei na enoooorme quantidade de sucata espalhada pelo pátio, são antigas máquinas que jazem sob as intempéries, ao relento na beira da lagoa nada dura muito.
Eis que ontem, em busca do número e distribuição de lixeiras no porto, para completar o PGRS, descubro o motivo.
Com medo de ser processado por interesses pessoais ninguém mais tá afim de vender nada público, e a "coisa" fica se deteriorando até alguém abraçar a causa e ser processado por outro alguém que quer ganhar votos na próxima eleição.

domingo, 3 de julho de 2011

Sinceridade vs Orgulho


É engraçado como somos vítimas de nós mesmos... Por mais que ergamos a bandeira da sinceridade, nosso orgulho sempre estará a espreita, nos armando armadilhas ardilosas.
Eu não sei o porque disso, mas a qualquer ameça nosso cérebro bloqueia o tal ideal de sinceridade e o orgulho começa a agir, sussurrar "omitir não é mentir".

E assim vamos, com o pequeno deslise na nossa consciência, como um caroço de azeitona. O pior é que sabemos que há algo de muito errado nisso tudo, mas fantasiamos desfechos catastróficos, e achando que jamais possamos falar a verdade, vamos carregando no nosso peito uma fumaça negra.

Entretanto, o destino é gentil, nas maioria dos casos. E aquela conversa vem a tona, ou pq não podemos mais, e percebemos que não podemos, seguir em frente (isso para os de boa moral) ou por forças externas... e como mentir não é omitir, nosso segredo sai pra fora, e aí então, não é mais um conflito interno, passa a depender dos outros, como vão reagir?!

Bem, eu acredito que mesmo que seja um fracasso e vc esteja certo do quão horroroso foi seu segredo e sua vida social seja destruída, ainda sim, valeu a pena! A reconquista da pura sinceridade. E acho que na maioria dos casos, o que julgamos algo imperdoável e absurdo, na verdade pode ser visto por quem realmente nos ama como um pequeno deslize, tipo o que todo ser humano está apto a cometer.
A compreensão da cumplicidade.